Hoje eu peso as coisas
Numa balança
Queria por o coração de um lado e uma pluma noutro
Mas não tenho plumas, só penas
E não há coração, dei a outrem
E o fizeram em pedaços
Então, ponho as minhas mãos calejadas
Em um dos pratos
Pesam, apesar, magras
E no outro, que pôr?
O sal que me sai dos olhos?
Ou as rugas que cobrem as faces?
A prata dos cabelos?
Algum velho retrato?
Ah, bobagem, não ponho nada
Deixe de tristeza e sonho
Me cansei de tanta besteira!
a beleza da tristeza.
ResponderExcluir