Arranco a vida de uma flor
E antes dela perecer, desfaço suas pétalas
Bem-me-quer, mal-me-quer
Com a sofreguidão de bacantes acéfalas
Todo coração
E a flor vingativa
Parece ecoar meu mal-me-quer
E me nega, a cada pulso, essa mulher
E a escuridão me abriga
E só desejo o sol
E ela é céu, é brisa, é mar
É toda a força natural
Que faz crescer as árvores frondosas
E muito mais destrói, decompõe e desfaz
E me instiga à perseguição até furar os pés
E parece que recuso a ouvir quem é
Quanto mais mal-me-quer
Mais bem me faz
Feira de Santana, 01 de setembro de 2010
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