segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Acordo à noite, friento e pavoroso

E me assusta o ruflar de asas de uma ave

Aos poucos o teu cabelo em chamas, gracioso

Me vêem da memória e fere alma como um sabre


Eu a sonhava e era um pesadelo

Pois eu a tinha em meus braços como a vida

E a perdia, velozmente, como a morte

E ela queimava meus olhos dizendo adeus


Se queixando que não valho um níquel, um cobre

Ia embora por meu descaso e desleixo

E eu, odiado filho de Morpheus


Acordava, sôfrego, com o peito arfante

Ah, como teu calor me deixa em brasa

E como teu pensar me causa asma!

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