terça-feira, 15 de junho de 2010


Mais uma vez a vida me chama

E eu que não sei dizer não

Vou

Cautela, dizem os ladinos

E eu que da estrada

Sou

Vou sem despedidas, bolos, festas

Deixo um chão sem rastros

Como se não tivesse existido

Serei uma lembrança esquecida

O que poderia ter sido e não foi

Onde poderia ter ido e não foi

Oh!

Mas é assim

Fazer o quê se não tem jeito

Se não tem quem ajeite


Irecê, 11 de junho de 2010

Um comentário:

  1. [me permitirei aqui, dar um sentido mais limitado a esse poema.] Mais uma vez, a vida o chamou; ele, que tem "pés na estrada e cabeça na lua", foi. Com palavras soltas e subliminares de adeus que não foram decifradas. Sem bolos, festas ou despedidas, ele seguiu.Como se sempre tivesse existido, seus rastros e traços se perpetuaram pelas estradas que já andou, e sua estrada só começa. Vá, pois, que a estrada é grande, e te chama pra ser grande, pois és grande, nasceste pra ser grande. E que sua grandeza engrandeça tudo o que há de ser grande ;D

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