Mais uma vez a vida me chama
E eu que não sei dizer não
Vou
Cautela, dizem os ladinos
E eu que da estrada
Sou
Vou sem despedidas, bolos, festas
Deixo um chão sem rastros
Pó
Como se não tivesse existido
Serei uma lembrança esquecida
Só
O que poderia ter sido e não foi
Onde poderia ter ido e não foi
Oh!
Mas é assim
Fazer o quê se não tem jeito
Se não tem quem ajeite
Irecê, 11 de junho de 2010
[me permitirei aqui, dar um sentido mais limitado a esse poema.] Mais uma vez, a vida o chamou; ele, que tem "pés na estrada e cabeça na lua", foi. Com palavras soltas e subliminares de adeus que não foram decifradas. Sem bolos, festas ou despedidas, ele seguiu.Como se sempre tivesse existido, seus rastros e traços se perpetuaram pelas estradas que já andou, e sua estrada só começa. Vá, pois, que a estrada é grande, e te chama pra ser grande, pois és grande, nasceste pra ser grande. E que sua grandeza engrandeça tudo o que há de ser grande ;D
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