Seio que dói
Não sei
O que dói
Não sei
O que dói
*
Soneto
Da última vez que pus os olhos em si
Devanesci, pensei haver perdido a vida
E o esvair do sangue da profunda ferida
Me dava êxtase, enfado, gozo e frenesi
Seu olhar de soslaio desejando vir
Mostrando dúvida e eu, nervoso e incrédulo
Escolhendo palavras, tateando igual um cego
Buscava algum meio de a si me referir
Mas esconder que quero a si como a lua
Quer a noite, talvez como a centelha quer a palha,
O asceta a virtude, o cativo quer a rua
Mas, inda assim, me escondendo, esforço em vão
Quero a si, teimoso igual a folha que farfalha
No outono, querendo queimar igual carvão
Uibaí, 25/02/2009
Da última vez que pus os olhos em si
Devanesci, pensei haver perdido a vida
E o esvair do sangue da profunda ferida
Me dava êxtase, enfado, gozo e frenesi
Seu olhar de soslaio desejando vir
Mostrando dúvida e eu, nervoso e incrédulo
Escolhendo palavras, tateando igual um cego
Buscava algum meio de a si me referir
Mas esconder que quero a si como a lua
Quer a noite, talvez como a centelha quer a palha,
O asceta a virtude, o cativo quer a rua
Mas, inda assim, me escondendo, esforço em vão
Quero a si, teimoso igual a folha que farfalha
No outono, querendo queimar igual carvão
Uibaí, 25/02/2009
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