Não quero que a poesia me abra portas
Antes abra pernas
E monte um círculo vicioso
De versos gozosos
Não quero que a poesia me leve em sonhos
Nem quero lua cheia e eu uivando
Quero antes
A volúpia de sermos amantes
O matar-a-sede devorando carne
E a vileza de bater nela
Mas bater com todo o amor que pode haver neste mundo
Não quero que os sonetos falem casas,
Jantares, envelhecimento, fidelidade
Quero, primeiro
O cessar das vontades
E o esvair na escuridão sobre nossa cama
Que não nos pertence
Mas pertence a quem ama
Não, não quero que me fales
Palavras gentis, de amores verdes que amadurecem lentamente
E de forma calma
Preciso, pra sobreviver, que me fales canalhices
Sacanagens, putarias
E todo aquele vocabulário de calçadas
Pois assim é meu romantismo
Feito de encontros soturnos
Em luas enluaradas
E lobisomens sedentos
E mulheres de branco nuas
Em altas da madrugada
Regada a álcool e versos
Antes abra pernas
E monte um círculo vicioso
De versos gozosos
Não quero que a poesia me leve em sonhos
Nem quero lua cheia e eu uivando
Quero antes
A volúpia de sermos amantes
O matar-a-sede devorando carne
E a vileza de bater nela
Mas bater com todo o amor que pode haver neste mundo
Não quero que os sonetos falem casas,
Jantares, envelhecimento, fidelidade
Quero, primeiro
O cessar das vontades
E o esvair na escuridão sobre nossa cama
Que não nos pertence
Mas pertence a quem ama
Não, não quero que me fales
Palavras gentis, de amores verdes que amadurecem lentamente
E de forma calma
Preciso, pra sobreviver, que me fales canalhices
Sacanagens, putarias
E todo aquele vocabulário de calçadas
Pois assim é meu romantismo
Feito de encontros soturnos
Em luas enluaradas
E lobisomens sedentos
E mulheres de branco nuas
Em altas da madrugada
Regada a álcool e versos
Nenhum comentário:
Postar um comentário