Eu sei que não pode faltar o poema
Assim como o feijão e a farinha
Sendo um daqueles que muito teima
Contra a dor alheia, abandono a minha
Por vezes me esqueci numa praça
Onde tudo acontece meio que em vão
Sabendo que na vida tudo passa
E se deixar passar, sobra a solidão
Por isso é que a partir de amanhã
Eu sacudo a poeira e abandono o luto
Por mais que pareça uma coisa vã
Mas só hoje serei triste, neguinha
Pois dói muito e amanhã eu mudo
Pra ter na vida poema, feijão e farinha
O poema existe pois há quem nele viva.
ResponderExcluirAdorei o comentário!
ResponderExcluir